Neste blog pretendemos dar a conhecer a vida e a obra de ilustres personalidades portuguesas do sec. XX que levaram longe o nome de Portugal

Biografia de Amália Rodrigues

Amália da Piedade Rebordão Rodrigues, nasceu em Lisboa, a 1 de Julho de 1920. Desde muito cedo que Amália revela talento para a música, na sua infância costumava cantar para os vizinhos e para os avós com quem vivia, pois os pais não tinham meios para a sustentar. Com 9 anos, entre para a escola, mas aos 12 teve que abandonar os estudos, para ir trabalhar.


Após vários ofícios, aos 15 anos vai vender fruta para o Cais da Rocha e torna-se notada devido ao especialíssimo timbre de voz. Integra a Marcha Popular de Alcântara (nas festividades de Santo António de Lisboa) de 1936. O ensaiador da Marcha insiste para que Amália se inscreva numa prova de descoberta de talentos, chamada Concurso da Primavera em que se disputava o título de Rainha do Fado. Amália acabará por não participar, pois todas as outras concorrentes se recusavam a competir com ela.


Recomendam-na, para cantar na casa de fados mais famosa de Lisboa o "Retiro da Severa", nessa altura ela recusa, acabando por ir lá cantar em 1939. Alcança tremendo êxito no Retiro da Severa, onde faz a sua estreia profissional e torna-se a vedeta do fado com uma rapidez notável. Passa a actuar também no Solar da Alegria e no Café Luso. Sendo o nome mais conhecido de todos os cantores de fado, faz com que por onde actuasse as lotações se esgotem, inflacionando o preço dos bilhetes. Em poucos meses atinge tal reconhecimento e popularidade que o seu cachet é o maior até então pago a fadistas.

Em 1940, casa-se e faz a sua estreia no teatro de revista no Teatro Maria Vitória. Três anos depois, divorcia-se e actua pela primeira vez fora de Portugal.

Depois de muito sucesso e discos lançados, em 1947 faz a sua estreia no cinema, com o filme "Capas Negras".

A internacionalização de Amália aumenta, cantando em todo os cantos do mundo, onde divulgou acima de tudo a cultura portuguesa. Passa pelos Estados Unidos onde canta pela primeira vez na televisão. Amália dá ao fado um novo fulgor. Cantando o repertório tradicional de uma forma diferente. Sintetizando o que é rural e urbano. 

Com a chegada da democracia são-lhe prestadas grande homenagens, é condecorada com o grau de oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo então presidente da República Mário Soares. Ao mesmo tempo atravessa dissabores financeiros que a obrigam a desfazer-se de algum do seu património.
 Em 1997 é editado pela Valentim de Carvalho o seu último álbum com gravações inéditas realizadas entre 1965 e 1975 intitulado "Segredo". Amália publica um livro de poemas. É-lhe feita uma homenagem nacional na Expo 98.

A 6 de Outubro de 1999, Amália Rodrigues morre com 79 anos. No seu funeral centenas de milhares de pessoas descem à rua para lhe prestar uma última homenagem.